17/02/2019

Vereadores de Cosmópolis propõem discussão sobre aumento de verba para Saúde

Renato da Farmácia, André MaqFran e Hiroshi concordam em um maior repasse para assegurar qualidade; Edson Leite diz que antes tem de se feito um ‘chamamento público’

Henrique Oliveira

Três vereadores de Cosmópolis apresentaram um requerimento pedindo ao Executivo Municipal informações referente a possibilidade de se efetuar repasses financeiros à Santa Casa de Misericórdia da cidade. Os valores seriam os mesmos que eram efetuados ao Hospital Samaritano – empresa que administrava a Unidade de Pronto Atendimento cosmopolense. Os autores do requerimento são Renato da Farmácia (Podemos), André MaqFran (PRB) e Humberto Hiroshi (PT).

Os parlamentares defenderam a possibilidade de repasse alegando que se pode prestar melhores serviços à população com um valor igual ao que era repassado da Prefeitura (em convênio com o Sistema Único de Saúde) à UPA para a Santa Casa de Misericórdia. Esta, desde novembro de 2018, passou a atender a população cosmopolense.

O repasse atual do SUS é de R$ 840 mil mensais à Santa Casa. Segundo os edis, o montante ao Hospital Samaritano era de quase R$ 1,2 milhões. Para André MaqFran (PRB), um dos autores do requerimento, a estrutura que a Santa Casa oferece aos pacientes do SUS é melhor do que a disponível ao usuário na época da Unidade de Pronto Atendimento, por isso, ele é a favor de se repassar.

“[Este valor proposto] é o mesmo que era repassado para a UPA. Por que não repassar hoje para a Santa Casa que conta com uma estrutura melhor? Só estamos pedindo para que seja passado o mesmo valor, é somente um requerimento, pois na UPA tinha menos estrutura que agora [Santa Casa]. Não tivemos reuniões [com a direção da Santa Casa], como falaram os vereadores “, argumenta o representante do Poder Legislativo.

O vereador ainda diz que no momento não há possibilidade de que a Santa Casa de Misericórdia não atenda os munícipes. “Não é nada para alarmar a população de que vai parar o atendimento no hospital, que vai fazer o que aconteceu… jamais. Eles estão com o atendimento razoável e queremos que o atendimento [à população seja melhor]”, complementa André.

Já o vereador Edson Leite (PSDB) pontua que é a favor de que haja melhorias na saúde do município, mas que também se abra um diálogo entre a Câmara de Vereadores e os responsáveis pela saúde pública do município antes de qualquer repasse. “Sou favorável a cuidar da saúde e investir o que for necessário. Mas tudo conversado antes. Se não tiver conversa antes…  Nós [população] já sofremos muito com este negócio de saúde aí. Tudo em cima da hora, vai pegando, vai pedindo dinheiro, vai repassando e vai fazendo ‘à louca'”, argumenta o tucano.

Edson Leite se diz a favor de um chamamento público para que o atendimento hospitalar do município tenha concorrentes para participar de um possível pregão. “Eu quero um chamamento público, uma concorrência, eu quero ter uma referência de preços de outras entidades, outras prestadoras de serviços de saúde. Nada mais justo. Pois a primeira vez saiu do hospital [Beneficente Santa Gertrudes] pois queria mais dinheiro mas não prestava contas, fomos para o PA (Pronto Atendimento, acabou pedindo dinheiro nós demos, e acabou que nem assim interessou. Agora volta para o hospital e eles aceitam o valor, e agora não aceita mais e quer dinheiro”, complementa o vereador.

Em entrevista, um dos autores do requerimento, Humberto Hiroshi (PT), foi questionado se na época não foi cogitado o repasse do mesmo valor que era pago pelos serviços do Hospital Samaritano. O vereador disse que quem fez este convênio foi o Poder Executivo e que os representantes do hospital ainda não tinha dimensão da demanda de pacientes que iriam atender a partir de novembro de 2018.

“Eu acredito que a prefeitura sabia na época que o hospital iria precisar de um valor maior. Só que nessa de se economizar acaba prejudicando a população. O hospital, por sua vez, eu creio que eles não imaginaram que a demanda ia ser tanta, assim como aconteceu com o Samaritano”, responde Hiroshi.

Para o petista, o repasse do valor igual ao que era pago pelos serviços prestados na Unidade de Pronto Atendimento de Cosmópolis a Santa Casa de Cosmópolis, supriria a demanda dos atendimentos e dos recursos utilizados. “Neste momento sim, por um período. Mas, futuramente, a população aumenta e com isso haverá gastos na saúde. Eu sempre faço uma pergunta: quanto custa uma vida para você? Quanto custa a saúde de seu filho? Com saúde não se negocia”, finaliza o vereador.

O requerimento número 14/2019 somente foi discutido pelos vereadores, dessa forma, ainda não foi votado. Ele deve entrar em votação nas próximas sessões.

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