04/01/2019

Tarifas do transporte público sofrem reajuste em Cosmópolis

Cosmopolenses reclamam do preço da tarifa e das condições dos ônibus que circulam pelo município

Henrique Oliveira

O usuário do transporte público de Cosmópolis terá que desembolsar um pouco mais para se locomover por Cosmópolis. Isso porque a tarifa do transporte público de Cosmópolis teve um reajuste no dia 31 de dezembro, conforme um anúncio na rodoviária confirmado pelo Semanário do Município.

A tarifa urbana passou de R$ 3,80 para R$ 4,00. A tarifa rural, para os bairros do Uirapuru e Holambra, passou de R$ 4,40 para R$ 4,70.

A dona de casa Josefa Alves, que mora na Vila Kalil, diz que o valor da tarifa dos ônibus municipais não condiz com o serviço prestado. Ela reclama das condições dos veículos. “Os ônibus estão ‘caindo aos pedaços’. Acabo não usando muito para economizar. Ontem eu vim para o centro e olhei o preço da passagem e achei um absurdo. Pois para ir à Paulínia você paga quase igual o valor, e olhe a distância daqui até lá [Cosmópolis-Paulínia]”, desabafa a dona de casa.

O aposentado Antônio Camilo não concorda com o reajuste. Com 65 anos, ele utiliza da gratuidade do serviço de transporte, porém tem filhos que pagam a passagem diariamente e diz que ficará muito caro o preço da nova tarifa. “Eu não concordo. Eu não pago, mas lá em casa eles pagam a tarifa. Eu sempre preciso pagar as contas de minha esposa, ela manda eu vir para economizar na passagem”, opina Camilo.

Ele diz que três familiares utilizam diariamente. Porém, um de seus filhos, que trabalha longe de casa, reclama que o preço da nova tarifa terá impacto no salário. “Meu menino mesmo tem que trabalhar aqui no centro e ele paga todos os dias. Ele diz que se tirar a passagem todos os dias não vai sobrar nada”, desabafa o aposentado.

No Semanário Oficial da Prefeitura de Cosmópolis, por meio do Decreto 5.260 de 28 de dezembro de 2018, a Prefeitura alega que o último reajuste da tarifa do transporte público foi há 13 meses. Ainda que a Prefeitura se baseou no aumento do preço do combustível, diesel, que foi de 21,76%.

A Prefeitura também alega que o reajuste foi necessário graças ao aumento do preço dos pneus, no período de 13 meses, que foi de 4%, e em dois outros fatores: a diminuição do número de usuários pagantes que, segundo o Executivo Municipal, foi de 11,7% e no alto número da gratuidade (idosos e deficientes) que representa 50% do total de usuários.

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