30/11/2020

Santa Casa de Cosmópolis diz que avaliará situação após rejeição de repasse da Covid-19

Advogado da instituição diz que atendimento pode ser prejudicado


Da redação

A Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis diz que avaliará a situação financeira após a negativa de repasse do Sistema Único de Saúde (SUS) votada na Câmara Municipal em sessão extraordinária da última sexta-feira (27).

De acordo com o advogado Felipe Drumond Maciel, representante da Santa Casa, este valor é o que financia suprimentos hospitalares, dois leitos de UTI para o SUS, além de leitos clínicos – exclusivos para pacientes com o coronavírus – para a população de Cosmópolis.

“De acordo com este contrato que está em vigor [entre a Prefeitura e a Santa Casa], foram acrescentados estes dois leitos de UTI especialmente para Covid. Obviamente quando chegar esta questão, nós vamos reavaliar internamente, até porque os leitos existem, e a gente tem duas pacientes internadas na UTI de covid pelo SUS. Chegando isso formalmente nós vamos analisar para a gente ver a forma que vamos fazer, se adequar para atender a população”.


Sobre a prestação de contas dos valores de repasses para a Santa Casa, do convênio com a Prefeitura sobre o coronavírus, o advogado da instituição se defende dizendo que todos os relatórios de prestação de contas foram entregues à Secretaria Municipal de Saúde.
“Todas as prestações [de conta] foram entregues. Obviamente a última, que vence agora no dia 30, não foi entregue pois nem se encerrou o período ainda. Mas desde o primeiro contrato, todas as prestações foram entregues”, argumenta.

Ainda segundo o advogado, antes do início da pandemia do novo coronavírus, no valor mensal de R$1,2 milhão está contemplado três leitos de UTI para o SUS.

Com o início da pandemia, a Prefeitura de Cosmópolis fez um novo contrato (R$150 mil/mês) comprando o serviço de mais dois leitos de UTI, totalizando cinco leitos à disposição da saúde pública. Além de mais 20 leitos clínicos, isolados dos demais, para tratamento do coronavírus. Totalizando 52 leitos clínicos para o SUS.

Indagado se este valor terá influência direta no caixa da Santa Casa, Felipe diz que o hospital vai avaliar as possibilidades, já que a medicação para tratamento de Covid-19 subiu 111% no período de pandemia.
“Fica difícil, extremamente difícil. Obviamente a gente vai sentar, organizar nossas contas, mas hoje fica difícil. A medicação do tratamento de Covid ela subiu quase 111%. Medicamento de intubação, qualquer outro tipo de sedação, ele teve uma variação muito grande. Então só estes medicamentos a gente teve um custo muito alto”.
E ressalta: “Obviamente que a gente não vai deixar desassistida a população, até porque nós temos um contrato de R$1,2 milhão em vigor. Mas manter os vinte leitos de ‘A’ [leitos clínicos] específicos, a gente vai avaliar quando chegar formalmente isso para a gente”.

A preocupação do advogado, como representante da Santa Casa, é nos leitos isolados. Mas ele alega que a Santa Casa se preocupará em resolver este problema, assim que forem notificados formalmente.

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