05/01/2019

Projeto protesta por reajuste de subvenção na Câmara de Cosmópolis

Projeto Arco Íris pede ajuda para quitar dívida de R$ 300 mil

Henrique Oliveira

Representantes do projeto Arco Íris protestaram na noite desta sexta-feira (05) no plenário da Câmara Municipal pedindo aumento na subvenção da Prefeitura para a entidade. O presidente da entidade, junto com outros membros, empunhavam cartazes pedindo auxílio à Câmara para que a subvenção concedida pela Prefeitura de Cosmópolis tenha um acréscimo, que segundo o presidente do projeto, o atual valor não está sendo o suficiente para honrar os compromissos da entidade.

Na sessão extraordinária da Câmara de Cosmópolis, estava em pauta a aprovação das subvenções para todas as entidades de Cosmópolis, entre elas o projeto Arco Íris. Segundo Ezequiel Augusto Viana dos Santos, presidente do Arco Íris, a reivindicação é que o valor destinado à entidade, de R$ 10 mil ao mês (R$ 120 mil ao ano), não é reajustada desde 2013. “Com a inflação, tudo sobe. Como não sobe o valor, não se tem um reajuste que a gente tem na casa?”, indaga Ezequiel.

Outra reivindicação do presidente e dos membros do projeto é que, desde o ano de 2018, eles não conseguem uma reunião com o prefeito. “Nós tentamos uma reunião com o prefeito desde o final do ano passado, para buscar uma reunião que ele entendesse a necessidade de aumento [do repasse municipal]. Para que ele fizesse a Lei lá e mandasse para ser aprovada aqui na Câmara. Nós sabemos que os vereadores não podem aumentar”, pontua Ezequiel.

O presidente disse que a dívida do projeto Arco Íris está chegando aos R$ 300 mil, entre dívidas trabalhistas e aluguel. Segundo o presidente, a dívida se acumula dentro dos 15 anos que a entidade está em funcionamento.
“Com a subvenção de R$ 10 mil por mês não dá pra pagar nem o salário das cuidadoras”, alega Ezequiel.

O presidente ainda conta que a entidade está com dois aluguéis atrasados e que correm o risco de serem despejados.
“Somos a única entidade em Cosmópolis que paga aluguel. Isso que tentamos pontuar, que estamos com dois aluguéis atrasados e quando chega a três, a imobiliária quer uma posição nossa e até mesmo carta de despejo”, sinaliza o presidente.

Na semana passada, o Portal Cosmopolense fez uma reportagem onde explica os trabalhos de arrecadação de fundos que o projeto Arco Íris realiza para manter suas contas em dia. Mas Ezequiel diz que caso não consiga mais valores, o futuro é municipalizar a entidade já que, segundo o presidente, é obrigatório este abrigo que recebe crianças e adolescentes em situação de risco.

“Em algumas cidades, a Prefeitura foi obrigada pelo Ministério Público a municipalizar. Ele é um projeto que não pode deixar de existir. Só que neste caso o custo triplicaria para a Prefeitura [caso ocorra] do que R$ 10 mil. A Prefeitura teria que manter tudo”, finaliza Ezequiel.

Alguns dos vereadores se comprometeram a intermediar junto ao prefeito uma reunião entre os membros da entidade e o chefe do Executivo Municipal.

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