24/07/2021

Polícia Civil explica forma de investigação sobre acusado de estupro em Cosmópolis

Mais de 1200 placas de veículos foram vistoriadas através de câmeras de vigilância em rodovia


Da redação

A prisão de um homem de 52 anos, morador de Artur Nogueira (SP), pode ter dado solução a um crime hediondo que aconteceu em Cosmópolis. Desde o dia 20 de julho, um motorista está preso pela Polícia Civil de Cosmópolis acusado de estuprar uma mulher próximo ao bairro Vila Cosmo. No dia 17 de maio deste ano, a mulher caminhava com seu filho pela rua Monte Castelo quando foi consumado o ato.

O investigador-chefe do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, André Pompeu, relatou quais foram os procedimentos executados por sua equipe para chegar ao que indica ser a solução do crime contra a mulher. André conta que a Polícia Civil da cidade trabalhou no recolhimento de imagens de câmeras de segurança de diversas diligências e oitivas. Ele relata que mais de 1200 placas de veículos foram vistoriadas através de câmeras de vigilância da rodovia SP-332 para tentar localizar a motocicleta e o caminho que o acusado fez após o crime.

Na última terça-feira (20), após um policial visualizar uma motocicleta com as características da do acusado, deu-se início a prisão do homem.
Após uma abordagem feita pela Polícia Civil na rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), os policiais constataram que o indivíduo abordado tinha as características físicas idênticas com as do investigado. Após pesquisas no sistema criminal do Estado de São Paulo, foi constatado que o abordado foi condenado por um crime de estupro cometido em 2011, em São Paulo (SP). Este foi mais um indício utilizado pelos policiais para se basear nas investigações.
“Nós o trouxemos para a Delegacia, ele foi submetido à reconhecimento e foi reconhecido pela vítima sendo o autor deste bárbaro delito”, conta o chefe de investigações.

Após a detenção do homem, a Justiça expediu um mandado de prisão temporária por 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30, para que a Polícia e a Justiça conclua as investigações.

A investigação

Para não atrapalhar as investigações, André Pompeu conta que a polícia realizou diversas diligências de forma sigilosa. Com o trabalho de investigação, conseguiram imagens do acusado e da motocicleta utilizada na noite dos fatos.
Para este trabalho foram colhidas imagens, depoimentos e outros tipos de provas que ajudaram a polícia a montar um ‘quebra-cabeças’ que deu luz ao modelo da motocicleta, algumas características e também a roupa do autor no dia do crime.
“E dentro das diligências, nós conseguimos as imagens do sistema de segurança nas proximidades do local, onde aparecia a imagem do autor e do veículo que ele utilizava, uma moto Suzuki, cujas as características fugiam de uma moto original, foram feitas algumas modificações”, relata Pompeu que diz ter sido crucial o tirocínio policial em averiguação.

Pompeu relata que a roupa utilizada pelo autor no dia foi reconhecida pela vítima na prisão feita pela Polícia Civil. “A jaqueta que foi apreendida, a mochila que ele portava no dia dos fatos, que aparecem também na imagem. É obvio que são provas, indícios que dependem de uma perícia técnica – que está sendo feita no momento pelo Núcleo de Perícias de Americana – para que seja feita estas comparações com as imagens. Mas dado o reconhecimento positivo pela vítima e estes indícios que foram colhidos, a Justiça local pode expedir prisão temporária por trinta dias para que se conclua estas investigações”, alega.

O caso

No dia 17 de maio de 2021, uma mulher foi violentada por um homem em uma área de construção próxima a rua Monte Castelo em Cosmópolis. De acordo com o Boletim de Ocorrências, a mulher estava com seu filho e foi abordada por um homem, e que no local estaria acontecendo um tiroteio.

Após a abordagem, a mulher tentou contatar por telefone algum familiar, porém foi ameaçada a guardar o aparelho quando o fato foi consumado. O criminoso a ameaçou com as mãos embaixo da blusa que vestia dizendo estar armado. E que se caso não obedecesse suas ordens, voltaria para matar a vítima e seu filho que chorava ao lado no ato do crime.

A mulher foi atendida no Pronto-Socorro de Cosmópolis e posteriormente se encaminhou a Delegacia de Polícia para registrar o fato. Desde a época, a Polícia Civil de Cosmópolis vem investigando o caso.

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