08/12/2021

Pai fala sobre agressão e suposto caso de importunação sexual em escola de Cosmópolis

Fernando Gomes disse que tentou entender o caso com a direção, porém não obteve êxito e partiu para a sala de aula; Caso segue sendo investigado pela Polícia Civil


Da redação

Um caso de muita repercussão tomou conta dos noticiários. Um homem entrou em uma escola e agrediu um professor com socos. As imagens ficaram famosas quando começou a circular em grupos de WhatsApp e em redes sociais na última segunda-feira (06). O homem do vídeo é o montador de andaime Fernando Gomes que diz ter tomado esta atitude após a filha acusar o professor de matemática de importunação sexual dentro da escola que estuda.

Fernando diz que após receber uma ligação de sua esposa, que aparentava estar muito nervosa, para falar que sua filha, de apenas 14 anos de idade, tinha reclamado de algum problema que acontecera na escola naquele dia.

O pai disse que estava saindo do trabalho quando recebeu a ligação. E de pronto foi até a escola. Ele diz que se identificou como pai da aluna e que gostaria de saber informações sobre ela já que sua esposa, por telefone, não deu detalhes do que aconteceu.
Fernando relata que viu a situação da filha e logo se dirigiu a sala de aula e que chegou as vias de fato agredindo o professor de matemática na escola estadual Lídia Onélia Kalil Aun Crepaldi, conhecida como Lokac.

“Quando cheguei na sala, atitude de pai veio a flor da pele e veio às vias de fato no que aconteceu aí”, diz Fernando que alega ter indagado a direção da escola sobre a acusação de sua filha sobre a suposta importunação sexual que teria sido cometida pelo professor, e que não obteve resposta sobre uma atitude da direção escolar.

Na manhã desta terça-feira (07), Fernando foi ouvido pela Polícia Civil de Cosmópolis sobre o caso. O montador de andaime foi fazer exames no Pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia da cidade após prestar seu depoimento na polícia judiciária.

Sobre o fato, Fernando diz que considera que a atitude ter agredido o professor não foi correta. “O outro professor que entrou para tentar separar minha atitude, mas devido ao meu nervosismo eu acabei agredindo ele também. Pra ele eu já pedi desculpas, perdão, mas com o Alessandro professor de minha filha que cometeu este ato aí, eu não consigo encontrar palavras para poder falar com ele. Eu sei que foi uma atitude errada de agredir, mas pra ele não tenho muitas palavras não”, disse Fernando.

Sobre o suposto caso de importunação sexual, Fernando diz que repudia o ato. “Complicado né? Como eu falei: Nós colocamos nossos filhos na escola para dar um futuro melhor, acha que está seguro na escola, e não foi isso que ele demonstrou como profissional de educação para poder cometer estes atos, não só com minha filha mas com outras crianças também. Eu não tenho palavras para ele”, desabafa Fernando.

Sobre o caso da agressão, Fernando diz que quando estava em luta corporal contra o professor, que parou de dar socos somente quando considerou  o seu limite. “Não é orgulho, é só uma auto defesa de tentar socorrer minha filha. Não foi de caso pensado, foi uma ira de um pai. E eu parei quando achei que já devera ter feito já, não tenho orgulho disso. E já que saí pedi perdão ao Cláudio [professor que tentou separar a briga e foi atingido com um soco] que não queria agredi-lo”, relata.

Sobre o caso de agressão ter sido motivado pelo relato da filha, de 14 anos, que acusa o professor de matemática sobre importunação sexual, Fernando diz não ter se arrepender de sua atitude.
Neste momento não posso falar que estou arrependido pelo ato que tive na escola contra o professor, pois estaria mentindo. […] sobre este professor aí teria feito a mesma coisa com ele”, finaliza Fernando.

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