15/10/2019

“O relatório da Polícia Federal é imprestável”, diz advogado de Pivatto

Cláudio Navas diz que crimes atribuídos ao prefeito de Cosmópolis se refere à licitação de 2014

Henrique Oliveira

O advogado do prefeito de Cosmópolis, José Pivatto (PT), disse que o relatório final da Polícia Federal é ‘imprestável’ em sua fala como convidado na sessão ordinária da Câmara Municipal de Cosmópolis na noite da última segunda-feira (14).

Após a fala da advogada Roseli Janotti, o advogado do prefeito de Cosmópolis utilizou a Tribuna Livre da câmara e rebateu as acusações da advogada que pediu a abertura de uma Comissão Processante que poderia cassar o prefeito de Cosmópolis.

Rechaçando a acusação da advogada, Navas disse que está em curso uma Comissão Especial de Investigação (CEI) que é presidida pelo vereador Humberto Hiroshi (PT). E que isso já dá plenos poderes aos políticos cosmopolenses em investigar todos acusações que pairam sobre Pivatto.

Em sua fala, ainda no uso da Tribuna, o advogado disse que todo o relatório final, emitido pela Polícia Federal em setembro de 2019, é imprestável. “O relatório da Polícia Federal, presidido pela doutora Melissa – que a conheço – no que se refere às acusações contra o Pivatto e outros três prefeitos que eu advogo é imprestável. Imprestável”, diz doutor Navas.

O advogado ainda corrobora: “Sabe porque imprestável? Pois ela atribui um crime de licitação, ao prefeito Pivatto, numa licitação que aconteceu em 2014. Ora, é impossível você retroagir para praticar um crime de licitação  a menos que tenha outros casos que fora dos autos que eu não tenha conhecimento”, complementa.

Citando a Operação Prato Feito, o advogado Cláudio Navas diz que o que está sendo investigado é a abertura da licitação da compra de materiais didáticos pela Prefeitura de Cosmópolis. De acordo com Navas, a licitação é de 2014, portanto no governo de Antônio Fernandes Neto (MDB).

Citando a CEI, o advogado disse que é legítima a formação de uma Comissão Especial de Investigação. E que se houver provas de que o prefeito cometeu um crime, que se instaure uma Comissão Processante.

“Um aspecto que acho que é fundamental. É importante que a Comissão Especial de Inquérito investigue com a legitimidade do poder que o povo entregou à vocês [vereadores]. E se houve provas objetivas, inicie-se uma Comissão Processante! Agora o que não pode é criar estes factóides antes de uma operação”, corrobora.

O advogado disse que foi convidado pelo presidente da Câmara, Élcio Amâncio. E que não fez, durante sua fala na tribuna, uma defesa do prefeito José Pivatto, pois só faz isso em juízo. O público que estava presente também vaiou e aplaudiu o advogado.

A Guarda Municipal de Cosmópolis estava presente no local, com cassetetes e escudos, mas não houve nenhum princípio de tumulto e confusão entre o público e os vereadores.

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