Moradores de Cosmópolis sofrem com falta de água

Henrique Oliveira

Neste verão muitas pessoas querem chegar em casa e ter um momento para um banho após um exaustivo dia de trabalho. Mas isso está virando luxo para alguns moradores de Cosmópolis.

Para Leonardo Tavares, morador da Vila Kalil Aun, a casa onde mora já ficou mais de 12 horas sem água. E na semana que antecedeu o Natal, durante três dias – intercalados – a água também faltou na residência, que fica na rua George Kiosia.

Como a casa não possui caixa d´água, Leonardo, a mãe e seu irmão dele utilizam garrafas e baldes para armazenarem água e assim conseguirem cozinhar, tomar banho e realizar a limpeza da residência.

No Parque Ester, a dona de casa Helena Santos Conceição reclama que a água que vem da rua é muito fraca, isso quando ainda tem água em sua torneira.

Assim como na casa do Leonardo, a dona de casa também armazena água em tambores e baldes. Ela diz que para abastecer os tambores, precisa acordar de madrugada. Mesmo assim, Helena reclama que ainda chega bem fraca às torneiras. “O bairro tem este histórico de falta d´água. A Prefeitura esquece de nós. Não lembra da gente. Só lembra que tem que cobrar imposto”, desabafa Helena.

A auxiliar de serviço geral, Marlene Moraes, diz que na casa dela, que fica na Vila Cosmo, também é comum acordar na madrugada para encher galões. Ela reclama que a água vem muito fraca e que, em muitas situações, não tem força para subir para a caixa d´água.

Moradora do Parque das Laranjeiras II (região de chácaras), Erika Fernanda Gonçalves, também reclama do problema do abastecimento de água. Ela diz que com a falta d´água, a sujeira no quintal, por conta de seus animais, vai se acumulando. E que durante a semana passada ela e sua família ficaram sem água.

“Eu fiquei desde quinta-feira com (a vazão de) água bem fraquinha. Tão fraca que não tinha como lavar as roupas. Não lavei roupa na quinta-feira, na sexta-feira não tinha água, no sábado e no domingo não tinha água. A água foi voltar na segunda-feira (24) e ainda de madrugada. Aí acordei às 3 horas da manhã vi, que tinha água, e fui lavar roupa”, relata Erika Fernanda.

Segundo a moradora, desde o final de novembro deste ano a água chega em pouca quantidade, ou passa dias sem poder consumir.

O Portal Cosmopolense questionou o setor responsável pelo abastecimento de água de Cosmópolis, mas até o fechamento desta matéria não recebeu nenhuma resposta da Prefeitura de Cosmópolis sobre o ocorrido.