25/10/2019

Moradores de Cosmópolis reclamam de mudança em ponto de ônibus

Concessionária diz que o ponto não era regulamentado

Da redação

Moradores de Cosmópolis reclamam da mudança que ocorreu no ponto de parada de ônibus na rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332) em frente à Syngenta, já no município de Paulínia (SP).

De acordo com os moradores que trabalham no local, o ponto de ônibus ficava em frente à empresa, no quilômetro 127 da rodovia. Ali, os trabalhadores conseguiam esperar o transporte público para voltarem para Cosmópolis depois de um dia de trabalho.

Porém, no início do mês de outubro, um grupo de trabalhadores da empresa procurou a reportagem do Portal Cosmopolense e denunciou que agora quem necessitar do transporte público terá que andar quase 1 quilômetro para chegar ao ponto de parada mais próximo.

Mas a maior reclamação dos trabalhadores, além da distância, é que o trajeto até o novo ponto de parada tem de ser feito pelo acostamento da rodovia. Que nos horários de pico, trafegam muitos caminhões e veículo pesados.

Os trabalhadores temem pela segurança tanto no aspecto de perigo de atropelamento quanto de riscos de assaltos, já que o local não possui iluminação pública e nem uma cobertura para espera.

Na imagem abaixo mostra o quanto os funcionários tem de caminhar, segundo eles pelo acostamento para se chegar ao ponto de ônibus. O novo ponto de parada fica onde estão os contêineres na imagem.

Um vídeo foi feito por uma funcionária nas redes sociais. Ele mostra que muitos veículos trafegam pela rodovia em alta velocidade. E que realizam o trajeto até o novo ponto de ônibus pelo acostamento por volta das 7h30 da manhã.

Em resposta ao questionamento, a concessionária Rota das Bandeiras, por meio de nota, informou que o ponto de parada frente à Syngenta não era regulamentado. E que a responsabilidade da instalação do ponto de ônibus é da empresa ou da autarquia paulista, Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU.

A empresa Syngenta alegou ainda que os funcionários diretos da empresa utilizam de transporte fretado para chegar e sair da empresa. Porém, os funcionários de empresas terceiras que trabalham na planta fabril utilizam o transporte público para acessar a fábrica.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Syngenta, os gestores da empresa realizaram uma reunião com a Agência Reguladora do Tranporte no Estado de São Paulo (Artesp) para formalizar o pedido da empresa na construção de uma passarela. Após esta reunião, o órgão estatal verificou que os pontos de parada frente à empresa (de ambos os sentidos da rodovia) estavam irregulares. A partir deste momento a Artesp proibiu as empresas de ônibus à realizarem paradas neste trecho. A empresa reforça, por meio de nota, que a decisão de que os ônibus não parassem mais naquele local, não partiu da Syngenta.

Tentamos contato com a EMTU e até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta.

Confira a nota na íntegra:

“Em resposta ao seu questionamento, a Rota das Bandeiras informa que não havia ponto de ônibus regulamentado no local apontado, em frente à empresa Syngenta, na altura do km 127 da rodovia Prof. Zeferino Vaz (SP-332), em Paulínia. Trata-se de um local irregular e a sinalização ali existente, inclusive, já proibia a parada de ônibus no local. O que acontece é que, desde que a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) intensificou a fiscalização e passou a autuar as paradas irregulares no local, a empresa que presta o serviço de transporte coletivo na região passou a fazer o embarque e desembarque de passageiros em outro local.Vale destacar que os pontos regulamentados, segundo as normas vigentes, necessitam da existência de faixa de aceleração e desaceleração, plataforma de parada, estrutura e cobertura, a fim de garantir a segurança dos passageiros dos ônibus e dos demais usuários da rodovia. Por fim, a regularização de um ponto de parada no local citado é de responsabilidade da própria Syngenta ou da empresa de transporte coletivo responsável pela prestação do serviço. Essa informação, inclusive, já foi fornecida à Syngenta em reunião realizada na Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), no dia 16/9/2019”.

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