06/10/2023

Moradora de Cosmópolis publica livro sobre jornada de superação da depressão

Livro ‘Não Se Conforme, Se Transforme’, de Valéria Almeida, relata uma história de vida, que inclui experiência com racismo e luta contra depressão

Livro foi publicado pela editora Asas, em agosto deste ano. Foto: Arquivo Pessoal (Valéria Almeida)

Da redação

Perder o pai aos seis anos de idade foi apenas uma das batalhas que a vida impôs a Valeria Almeida de Oliveira. O preconceito e a escassez tornaram a infância dessa mulher árdua, deixando traumas quase insuperáveis que a acompanharam por muitos anos. Os desafios e as dores revelaram-se mais intensos do que Valéria, o que a levou a perder a força para enfrentá-los. O resultado foi uma depressão que culminou em três sérias tentativas de suicídio.

No entanto, a superação também faz parte da história dessa mulher. Hoje, aos 43 anos, ela compartilha cada detalhe dessa jornada desafiadora em um livro envolvente intitulado ‘Não Se Conforme, Se Transforme’, publicado pela editora Asas. “Com este relato, quis mostrar que há esperança, independentemente dos desafios; nunca devemos nos conformar. É crucial sempre nos reinventarmos para experimentar os propósitos que Deus nos reserva”, compartilha Valéria.

Em sua obra, Valéria aborda a saúde mental com sensibilidade, e destaca, por meio de sua própria experiência, a importância de contar com uma rede de apoio composta por psicólogos e psiquiatras para uma recuperação eficaz. Além disso, ela relata que sua fé também foi um bálsamo, e hoje, testemunha sua história em igrejas e em rodas de conversa de projetos como o Setembro Amarelo, entre diversas outras iniciativas.

Valéria reside em Cosmópolis há 42 anos e administra uma mercearia. Foto: Arquivo Pessoal (Valéria Almeida)

Escrita e publicação

O amor pela escrita surgiu ainda na infância. Valéria relembra: “Lembro que durante minha infância, eu não tinha amigos e enfrentava muito racismo. Para não me sentir sozinha, eu escrevia para mim mesma, como se estivesse conversando com uma amiga”.

Conforme foi crescendo, a afinidade pelo papel e caneta não mudou. Já adulta, ela procurou editoras para entender os métodos de publicação. “Vi que era uma missão praticamente impossível para a minha realidade (risos)”, comenta. Além disso, Valéria costumava escrever em cadernos e não possuía meios de digitalizar tudo o que registrava, o que tornou a ideia ainda mais irreal.

Foi durante a pandemia, em 2020, que ela decidiu que, para se manter ocupada, digitaria tudo no celular. “Eu pensei: ‘vou digitando devagarzinho, assim me manterei ocupada mesmo trancada em casa. E assim eu fiz”.

Em 2023, com a ajuda do marido, ela finalmente conseguiu custear a publicação de sua história. “Quando meu livro foi publicado, o espanto foi geral, tanto entre meus familiares quanto entre meus amigos, pois eu nunca havia falado a ninguém sobre meu amor pela escrita”.

Aos interessados em conhecer mais sobre a história de Valéria, podem contatá-la através do perfil @merceariavaleria no Instagram.

História aborda com leveza temas vivenciados pela autoria. Foto: Arquivo Pessoal (Valéria Almeida)

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