Mãe de anjo, biológica e adotiva: Conheça a história de maternidade de Juliana Rampazzo

Gabrieli Ciseski 

Juliana Rampazzo sempre teve o desejo em seu coração de ser mãe. Desde muito nova, ela externava o sentimento materno em brincadeiras comuns de criança, sendo a de casinha a sua preferida. Mas aquela jovem menina não fazia ideia do que a vida havia lhe preparado. Seu caminho seria marcado por desafios dolorosos e reviravoltas emocionantes, que exigiriam muita determinação nessa jornada de perdas, superações e, finalmente, amor incondicional.

Conforme o tempo foi passando, esse sentimento que exalava durante as brincadeiras na infância cresceu cada vez mais, e, já na vida adulta, ela se deparou planejando seu primeiro filho. E assim, em 2009, Lorena foi concebida. A gravidez foi tranquila e o parto correu bem. A bebê nasceu completamente perfeita e saudável. Portanto, a alegria de ter sua bebê nos braços foi interrompida quando a pequena adoeceu e as idas ao hospital se tornaram uma triste rotina. Após algumas internações, cirurgias e até diálises, Lorena, com apenas 6 meses de vida veio a falecer.

Após essa perda, Juliana decidiu seguir em frente, optando pela adoção. Mas a vida a surpreendeu quando engravidou novamente. A bebê Nicole nasceu em 2011 trazendo muita alegria para a família, e dando novamente a Juliana a chance de ser mãe. Embora a gestação de Nicole tenha sido marcada com o diagnóstico de diabetes gestacional, Juliana encarou o desafio com muita coragem e gratidão.

Anos depois, outra surpresa. Juliana recebeu a ligação que mudaria sua vida novamente, pois um bebê precisava de um lar, e com certeza ela estava disposta a dar um para ele. Com apenas três dias para assimilar e organizar essa chegada, foi assim que Vitor, com dois meses de vida, chegou na família.

A jornada para adotar Vitor não foi fácil. Juliana e seu marido passaram por um longo processo de entrevistas, visitas familiares, cursos e avaliações psicológicas. Foram oito anos de espera até que o pequeno chegasse em seus braços, inicialmente enfrentando problemas de saúde, mas hoje crescendo como um menino saudável e feliz.

Dois anos depois, Juliana deu à luz a Breno, completando assim sua família com dois filhos biológicos, um adotivo e um anjo. Para ela, não há diferença alguma no amor que sente por seus filhos. Cada um tem sua personalidade, portanto é especial à sua maneira.

De acordo com ela, maternidade se tornou a melhor parte da sua vida e ela dá os créditos disso à sua própria mãe. Juliana diz: “Eu amo ser mãe, é a melhor parte de mim. Acredito que eu sou assim por conta do amor que eu recebi da minha mãe. Eu recebi um amor, um carinho e uma educação da minha mãe que eu tenho isso comigo.”

Mas a experiência materna de Juliana não termina por aí. Além de mãe, ela é professora e encontra alegria em cuidar orientar seus alunos. Em toma de brincadeira, ela afirma que a cada ano ela muda a frota de filhos, porque considera seus alunos como sendo seus durante uma parte do dia.

Embora essa mamãe admita ser cautelosa, especialmente após a perda de Lorena, ela não permite que o medo a domine. Seu amor pelos filhos é acompanhado por um senso de responsabilidade, especialmente no que diz respeito à educação e ao apoio às paixões individuais de cada um deles.

Hoje, os irmãos, Nicole, de 12 anos, Vitor, de 6 anos, e Breno, de 4 anos, trazem luz e alegria à vida de Juliana e sua família.