Fogo às margens de rodovias preocupa Defesa Civil de Cosmópolis

Da redação

As vezes uma bituca de cigarro, aparentemente inofensiva, pode ocasionar sérios problemas por conta do fogo. Durante duas semanas, a Defesa Civil de Cosmópolis atendeu várias ocorrências de fogo às margens de rodovias de Cosmópolis. E isso pode se tornar mais perigoso quando a fumaça atinge a faixa de rolamento da rodovia.

A escassez de chuvas deixa a vegetação mais vulnerável à facilidade de receber fogo e fazer ficar sem controle. Na semana passada, por exemplo, um incêndio em uma vegetação às margens da rodovia João Herrmann (SP-133) fez com que a rodovia tivesse que ser interditada temporariamente para o combate do fogo e também para segurança dos motoristas que trafegam pelo local. Já que a fumaça densa e forte estava se dissipando pela rodovia, conta a Defesa Civil.

E isso não acontece poucas vezes na semana. De acordo com a Defesa Civil, na última semana vários focos de incêndio atingiram a malha rodoviária cosmopolense. Tanto nas margens quanto em locais próximos à rodovia. Tão próximos que já atrapalhavam a visibilidade dos motoristas.

No bairro Itapavussu, uma propriedade ao lado da rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), também foi atingida pelo fogo.
Nesta última segunda-feira (10), os homens da Defesa Civil foram quem controlaram o fogo de um matagal que fica às margens da SP-332 na altura do bairro Nosso Teto.

O diretor da Defesa Civil de Cosmópolis, Reginaldo Risonho, diz que há mais de 30 dias que não chove em Cosmópolis. E isso ajuda nos incêndios considerados acidentais quanto na proliferação de chamas em incêndios provocados. Incêndios estes que sempre tem início na intenção de se “limpar um terreno ou propriedade rural”.

“Algumas pessoas agindo de má-fé colocam fogo na intenção de limpar o terreno, mas não faz pelo modo correto. Acha mais fácil atear fogo. Isso provoca incêndios grandes, em áreas residenciais, às margens de rodovias, podendo causar acidentes como o que aconteceu em Curitiba”, alerta Reginaldo.

Reginaldo Risonho lembra do caso de um engavetamento que aconteceu em uma rodovia na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Oito pessoas morreram e diversas ficaram perdidas graças à uma combinação infeliz: fumaça e neblina na rodovia.

De acordo com a Polícia Militar do Paraná, próximo ao local do acidente estava ocorrendo um incêndio em uma vegetação o que pode ter provocado a falta de visibilidade da pista tanto dos motoristas dos carros quanto da carreta que os atingiu.

O perigo do fogo, de acordo com Reginaldo, é que a fumaça pode chegar às rodovias cosmopolenses e atrapalhar a visão dos motoristas, assim como aconteceu no Paraná. Além de provocar acidentes, o fogo em mato destrói a vegetação, tanto rasteira quanto de árvores, pode atingir a fauna das imediações e ainda trazer prejuízos à saúde da população por conta da fumaça.

O diretor Defesa Civil ainda salienta que não existe ‘limpeza do local com fogo’, e que toda prática de incêndio provocado, é proibido por Lei. “Existem leis federais e nossas leis municipais que proíbem tal prática”, alerta Reginaldo.

O diretor lembra que há legislações específicas para quem necessita utilizar do fogo para limpar pomares condenados por pragas, por exemplo. O proprietário deve-se pedir autorização para a CETESB e órgãos de meio ambiente do município para tal prática.
O manejo de fogo para renovar pasto, ou para limpeza de área, já não existem mais. Hoje já existem técnicas mais modernas na agricultura para ser refeito. O fogo é um método arcaico para manejo de terra”, indica Reginaldo.

Neste mês, com menos de uma semana de contabilidade, a Defesa Civil de Cosmópolis trabalhou no combate de 58 incêndios em matagal, cinco em matas de proteção ambiental, um em residência e 23 casos de material inerte e lixo. E isso tudo com cinco homens e dois veículos, sendo um deles um caminhão-pipa.

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