14/08/2022

Dia dos Pais: Paixão por motocross une pai e filho de Cosmópolis

Amigos, sócios nos negócios da família e apaixonados pelos motores, tanto de carros, mas especialmente de motocicletas


Henrique Oliveira

É bem comum a paixão do pai passar para o filho. Comumente o time de futebol que o pai torce pesa na escolha do time de futebol que o filho se apaixona.
Assim acontece com a profissão e o amor pelos esportes. A história de um pai, empresário cosmopolense, foi da mesma forma.
Valdinei Marcolin (52) é mais conhecido como Ney da Nadiggi. Ele é empresário no ramo automobilístico e seu filho, Diego Marcolin (31), trabalham juntos na loja que fica no jardim Bela Vista, na cidade de Cosmópolis.

Mas uma das coisas que unem Diego e Ney é a paixão pelas motocicletas. Mais precisamente a paixão pelo motocross que os dois participam. A equipe Nadiggi disputa com o pai e filho por várias pistas do Estado de São Paulo, que deu a Ney e Diego, diversos títulos na modalidade esportiva.

O ser família e empresários

Voltando a 31 anos, Ney conta que foi pai de Diego aos 20 anos de idade. Como ele descreveu, como susto, até pela ainda juventude. Porém, o susto se transformou em um sentimento que se perdura até o dias de hoje: “Percebi quem ele é meu alicerce para minha vida familiar e profissional”, descreve Ney.

Ney e Diego trabalham na loja de carros da família. Uma das maiores revendedoras, Diego hoje gerencia a loja e é um profissional que cuida da imagem da empresa nas redes sociais. Ney, que começou com a revenda de carros, tem um aliado muito importante ao seu lado, o filho Diego.
Com o crescimento da empresa, Ney viu a necessidade de ter um sócio para ajudar a administrar a loja. Foi aí que percebeu em Diego a pessoa para lhe ajudar. “Precisava de um sócio para me ajudar, devido a Nadiggi crescer muito. E o hoje o Diego gerencia a loja junto comigo e me ajuda muito”, cita Ney.

Terra, lama e adrenalina unem pai e filho

Além do mercado de automóveis, a terra, lama e a adrenalina dos motores entusiasmam Diego e Ney. Ambos competem no motocross. E esta paixão começou com um motor ‘Dois Tempos’ das antigas DT 200 da Yamaha.
Ney conta que comprou a primeira motocicleta para fazer trilha. A DT200, fatídica motocicleta dos anos de 1980, 1990 e início dos anos 2000, foi o estopim para se tornar um campeão.
Aos 32 anos, Ney comprou sua motocicleta para fazer trilhas, em Cosmópolis, ou nas estradas rurais de cidades da região, e Diego sempre estava garupa, compartilhando da adrenalina ao lado do pai.

A primeira competição que Ney participou foi em Cosmópolis. Para entrar na competição de motocross na cidade – que na época levava muitos espectadores para a beira do circuito, Ney escreveu seu número na moto usando fita isolante; fita utilizada para isolar cabos e fios elétricos.

Mais tarde, com o esporte correndo nas veias, Ney adquiriu uma motocicleta importada para a competição e uma 80 cilindradas para Diego, que sempre estava com ele nos eventos de motocross. Neste momento, o amor de pai e filho fundiu com o esporte.

Diego, em entrevista, diz que a relação entre os dois também é de amigos. “Um discute o erro do outro, um acerta a moto do outro… Ele anda na minha, vai na pista ver eu correndo, vai dar sinal, dar posição… e eu faço a mesma coisa”. Embora amigos, além de família, há rivalidade entre os dois. Diego conta que ele e o pai são bem competitivos. E isso se torna uma relação saudável.

O filho, que adotou como paixão o esporte que o pai iniciou, diz que o incentivo de Ney para competir existe até hoje. E Diego lembra que além da competição, o momento juntos é crucial para uma boa relação. “É gostos, sabe? Nós ficamos juntos, saímos de final de semana, sai para outros estados, cidades, passamos finais de semanas juntos…”.

Constante aprendizado entre pai e filho

Quando se pede para definir um ao outro, os elogios são constantes. Diego, que tem apenas 31 anos, é sócio de seu pai na loja de carros. Ele diz que ‘é muito bom ser filho do Ney’. Diego assegura que sua admiração vai além do esportista e do pai de família que Ney é: ele é o amigo e professor com quem se relaciona todos os dias.
“Ter o Ney como pai é sensacional. Como ele disse, ele não é só meu pai. Ele é pai, meu amigo, meu sócio… Ele está comigo em tudo: tanto na vida profissional, pessoal, no esporte. E toda dúvida que eu tenho, recorro à ele. E ele, por incrível que possa parecer, ele vem até a mim. Então a gente estamos sempre muito juntos”, finaliza Diego.

Sobre o ser pai, o empresário diz que “[…] é se sentir preparado para tudo. É acordar cedo todos os dias com a motivação para sempre buscar o melhor para nossa família”. E deixa um recado para os pais, ou futuros pais: “A melhor educação para seu filho é fazer com que ele ame o esporte”, finaliza Ney.


……………………………………..

Tem uma sugestão de reportagem? Clique aqui e envie para o Portal Cosmopolense

 


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.