15/01/2020

Desempregados reivindicam vagas de emprego no CRT de Cosmópolis

Cerca de 100 moradores compuseram a ação organizada pela Associação de Trabalhadores Desempregados de Cosmópolis

Da redação

A Associação dos Trabalhadores Desempregados de Cosmópolis esteve em frente ao prédio do Centro de Referência ao Trabalhador do município (CRTC), das 7h às 16h desta quarta-feira (15), a fim de reivindicar vagas de emprego e apoio do setor municipal. O CRTC é responsável por anunciar oportunidades aos trabalhadores cosmopolenses.

O grupo de desempregados havia realizado uma reunião na noite desta terça-feira (14), na Câmara Municipal, onde ficou decidido que o protesto aconteceria em frente ao setor nesta manhã.

O caldeireiro e presidente da Associação, José Eugênio Viana, explica o objetivo da ação. “A nossa reivindicação são as vagas de emprego, porque estamos vendo que a cada dia que passa Cosmópolis está ficando fora das vagas que estão surgindo nas refinarias. Hoje nós representamos todos os trabalhadores de Cosmópolis, Paulínia e região. Estamos com 253 membros, mais os 300 que fizemos o cadastro hoje”, relata.

De acordo com ele, o problema é recorrente no município devido a negligência do Poder Executivo e Secretarias. “Essa falta de emprego se dá a falta de trabalho do nosso secretário e prefeito, falta de união com a população, já que eles não dão atenção para nós”, expressa.

Com o protesto, cerca de 70 vagas devem ser destinadas aos moradores cosmopolenses. Estes realizaram cadastros na sede do CRTC, a fim de que amanhã, quatro representantes da Associação, juntamente com o Secretário de Indústria e Comércio, acompanhem o andamento das vagas.

 A auxiliar de serviços gerais, Eliane Cristina de Lima, representa as mulheres da associação e pondera que o gênero acaba influenciando negativamente nesta busca. “Para nós mulheres é muito difícil conseguir vagas e eu acredito que não só eu, mas as outras também. A gente é pai e mãe de família, então precisamos trazer o sustento para nossos filhos. Saímos para procurar em outras cidades e não conseguimos devido ao pedágio”, aponta.

O soldador Reginaldo de Assis e vice-presidente da associação concorda que a situação é fruto do descaso que os moradores sofrem por parte das autoridades. “Essa luta tem como intuito arrumar trabalho e mão de obra para os moradores. Esse caos se estende durante todo o ano. Como pode se observar sempre temos essa luta, porque o descaso acontece porque as secretarias não dão um opinião e apoio ao trabalhador cosmopolense”, exclama.

Bruno Alcides Correia representa a mão de obra local e está desempregado a oito meses. “Nossa cidade é bem carente com a mão de obra local. Ninguém olha para a gente. Faz oito meses que estou parado e o CRT da nossa cidade não funciona. O secretário não sai da poltrona para ir atrás das vagas de emprego que tem. A Usina manda em uma boa parte da cidade então trazer uma empresa para a cidade é quase impossível. Estou desempregado e sou pai de três filhos, como vou fazer para levar o pão de cada dia aos meus filhos?”, questiona.

Em entrevista ao Portal Cosmopolense, o Secretário de Indústria e Comércio, Vicente Galatti, assegurou que os cadastros realizados nesta tarde serão enviados às empresas contratantes. “Nós conversamos com as empresas e os cadastros que foram pedidos serão enviados. Se tiver 10 ou 100 iremos mandar e não indicamos ninguém, eles escolhem. Nós apenas encaminhamos e as empresas sabem o que é melhor para elas”, disse.

De acordo com ele, não é possível revelar quais vagas serão solicitadas e que estas ocorrem conforme a necessidade da empresa.

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