21/11/2020

Crise hídrica: Moradores reclamam de falta d´água em Cosmópolis

Há bairros que moradores reclamam de falta de água há 20 dias

Da redação

A crise hídrica é um problema a ser enfrentado por muitos cosmopolenses. Há relatos que depois do início da estiagem, e após a Prefeitura de Cosmópolis declarar situação de emergência, muitos moradores, sentem a cada dia, a falta de água em suas torneiras.

Neste momento, em meio a uma severa estiagem, que atinge muitas cidades do Estado de São Paulo, muitos moradores de Cosmópolis sofrem com as condições para higienização, cozinhar ou simplesmente beber água. Os relatos de falta d´água, e até o tempo em que não se tem o abastecimento normalizado, ganham as redes sociais.

No bairro Parque dos Girassóis, um dos mais novos loteamentos da cidade, de acordo com moradores, o problema é crônico. Mas com a forte estiagem, muitos reservatórios de água, nas casas dos munícipes, estão vazios. A forma é recorrer aos amigos, parentes e até se mudar, momentaneamente, como é o caso da cabeleireira Simone Cassemiro.

“Aqui em cima não chega água. Para todo mundo chega e aqui para mim não. Fiquei sete dias sem água. Com a neném pequena… Tive que mudar. Louça suja, roupa suja, com a neném. Tive que ir para a casa de minha sogra. O bom é que eu tenho para onde ir”, reclama a moradora da rua Dionisio Diazzi, no Parque dos Girassóis.

Simone mora em uma das casas que ficam no final do bairro. Ou seja, ela é uma das últimas a se chegar a água, quando ela vai para o bairro. Assim, quando a água chega, ela não tem forças para abastecer a caixa d´água de sua casa. Para isso, desenvolveu um método para o banho de seus filhos e de seu esposo: esquentar a água com uma espécie de resistência elétrica para assim tomar o ‘banho de canequinha’.

Outros relatos

Assim como a cabeleireira, moradora do mesmo bairro, a servidora pública Maria Aparecida, diz que em sua casa a água vem com mais frequência que sua vizinha. Porém, ainda recorre aos tambores e baldes para armazenar água, pois em sua casa três famílias necessitam de se higienizar.

“Nesta seca, de um mês pra cá. Desde que falaram que está faltando água aqui também ficou sem. Mais lugares estão sem água. Aqui ainda cai um pouco nas madrugadas…”, relata Maria Aparecida dizendo que mesmo que sua casa fique em uma parte mais baixa do bairro, ainda sofre com dias sem água.

“A gente está sempre reservando a água. Baldes, bacias… principalmente para se usar nos banheiros e tomar um banho. Na canequinha… gota a gota”, relata.


Já em outro extremo da cidade, no bairro Vila Cosmo, os moradores dizem que há 20 dias estão lutando para manter o pouco de água que conseguem armazenar. O aposentado Josmar Morais, que mora na rua Pedro Damiano, é um exemplo. Ele e sua família disseram que há quase um mês estão lutando para viver com o mínimo de água possível.

De acordo com Josmar, nesta última semana o caminhão da Defesa Civil de Cosmópolis esteve no bairro e conseguiu abastecer a caixa d´água, que ele comprou após o início da estiagem.

Assim como outros moradores, a reclamação de Josmar é que a água que vem, raramente, não tem forças para se chegar na caixa de água que fica no forro da casa. Assim, ele construiu um sistema de bombas que leva a água para seu reservatório abastecido que fica em seu quintal.

“Somando tudo já dá estes vinte dias sem água. Na Vila Cosmo, nos bairros à direita e à esquerda, todos sem água. Mas o interessante é que outros bairros da cidade a água está chegando. E aqui, e também nos bairros ao lado, a água não chega”, reclama Josmar que diz estar com saudades de tomar banho embaixo de um chuveiro.

Já na casa da filha de Josmar, que fica há pouco mais de 500 metros de distância – na rua José Calvo – ele diz que a água chega, e estranha que na dele não possui.

Noutra região de Cosmópolis – próximo à Vila Cosmos –  o bairro Residencial do Bosque, os moradores reclamam que há dias estão sem água nas torneiras.


Para tentar amenizar os efeitos da falta de água, a Defesa Civil está desde o último dia 6 de novembro levando à algumas residências com seu caminhão-pipa. Algumas casas, como é o caso do bairro rural Uirapuru, receberam água em suas residências.

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