16/03/2019

Cosmópolis apresenta superávit de US$7,44 milhões na Balança Comercial

O município cosmopolense é o segundo com o melhor desempenho na RMC, perdendo apenas para Santo Antônio de Posse (SP) com US$ 8,52 milhões.

Letícia Leme

Cosmópolis apresentou um superávit na Balança Comercial. O movimento de exportações e importações do município rendeu um saldo positivo de US$7,44 milhões. Lembrando que os valores são avaliados em dólar e correspondem ao primeiro bimestre do ano de 2019 (janeiro/fevereiro). Os dados foram disponibilizados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço.

O município contabilizou US$13,54 milhões em exportações e US$6,30 milhões em importações. O saldo, montante que qualifica se a cidade teve um superávit ou um déficit, é calculado subtraindo o valor adquirido por exportações com o valor das importações (exportações – importações = saldo). Dessa forma, se o município importou mais do que exportou, significa que ele registrou um déficit na balança comercial, ou seja, fechou com um saldo negativo.

Um comparativo feito com o primeiro bimestre do ano passado (2018), apontou que a cidade cosmopolense registrou, de um ano para o outro, uma variação no saldo. Variação esta positiva, já que em 2018, a cidade fechou o bimestre com um superávit de US$3,58 milhões, ou seja, US$ 3,86 milhões a menos com relação ao saldo de 2019 (US$7,44). O montante de US$3,58 foi calculado pelo movimento de US$9,93 em exportações e US$6,35 em importações. Veja na tabela:

CosmópolisExportações (milhões de dólares)Importações (milhões de dólares)Saldo (milhões de dólares)
Janeiro/Fevereiro 20189,936,353,58
Janeiro/Fevereiro 201913,746,307,44

Com relação as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), Cosmópolis apresentou o segundo melhor saldo, perdendo apenas para Santo Antônio de Posse (SP), com US$ 8,52 milhões. No ranking estadual, o município ocupa a 86° posição na categoria exportações e 97° em importações. A nível nacional está na 319° e 317° posição,  nas duas categorias respectivamente.

Dentre os produtos mais exportados pelo município estão os medicamentos (28%), seguido por falsos tecidos (23%). Já em importações, os antibióticos lideraram a movimentação (62%).

RMC e um déficit de US$1,39 bilhões

Apesar do município cosmopolense ter apresentado um superávit, a RMC fechou o bimestre com um déficit de US$1,39 bilhões. Isso porquê das 20 cidades da região, 13 computaram um saldo negativo na balança comercial. Campinas (SP) liderou a categoria déficit, com um saldo negativo de US$357,35. Seguindo está Paulínia (SP) com US$348,32 e Jaguariúna (SP), US$234,29 milhões.

Um estudo realizado pelo Observatório da PUC/Campinas, concluiu que o desequilíbrio entre exportações e importações na RMC é tão grande que afetou até o desempenho do Estado de São Paulo. Enquanto o déficit regional em fevereiro chegou a 563,6 milhões de dólares, o déficit de São Paulo foi de apenas 17,5 milhões. Sem o déficit da RMC, o Estado teria um superávit de 546,1 milhões de dólares.

O economista e professor, Paulo Oliveira, avaliou a situação como resultado de uma indústria regional que está focada no mercado interno. “Essa é uma característica da indústria regional, que depende da importação de muitos insumos (máquinas, partes, matéria-prima) para produzir, e ao mesmo tempo exporta pouco. Além disso, está focada no mercado interno e, em alguns casos, não tem competitividade para fornecer para mercados internacionais”, explicou.

“A dependência externa se ameniza com políticas comercias e industriais articuladas para melhorar a competitividade da indústria, sobretudo. Uma indústria mais articulada internamente, que atue em elos da cadeia produtiva que tenha maior valor agregado, vai ser menos dependente das importações”, concluiu o professor.

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