03/01/2019

Cosmopolenses falam sobre expectativas para Governo Bolsonaro

Bolsonaro recebeu 21.333 votos dos eleitores de Cosmópolis

Henrique Oliveira

O Brasil tem um novo comandante: o ex-capitão do Exército, Jair Bolsonaro, assumiu nesta terça-feira (1) a presidência da República pelos próximos quatro anos. O novo presidente do Brasil foi eleito em segundo turno com 55% dos votos válidos, contra 44% do ex-ministro da educação,  Fernando Haddad (PT). Em Cosmópolis, Bolsonaro recebeu 21.333 votos dos eleitores.

Jair Bolsonaro tomou posse nesta terça-feira (Foto: Agência Brasil)

Mas o que os cosmopolenses esperam do novo governo que se inicia? A comerciante Marlene Romolini diz estar confiante no novo presidente por apresentar propostas que, segundo ela, combate os criminosos.

“Primeiramente, ele é contra esta bandidagem que está aí. E também contra a corrupção. Eu acredito nele, que ele vá mudar”. Na economia, a maior esperança da comerciante cosmopolense é a respeito das obras na refinaria de Paulínia da Petrobrás. Para ela, tendo emprego o comércio também é beneficiado, em Cosmópolis e em toda a região. “Eu creio que vá ter mudanças na refinaria. Com o emprego em alta melhora para nós comerciantes e para o povo em geral”, finaliza a comerciante.

A confiança é algo essencial para o fotógrafo cosmopolense Ismael Silva. Para o também comerciante, a população em geral têm de dar um voto de confiança para o novo presidente. “Eu espero que dará tudo certo. Temos que confiar no presidente. Pois, todos que entraram tiveram a confiança da população. E não é porque o Bolsonaro vai entrar que não podemos confiar no cara. Temos que confiar sim nele”, argumenta Ismael.

O fotógrafo diz que confia também na equipe de governo que o novo presidente tem ao seu lado. “Estou com esperança. Pois ele está com uma equipe boa. Tem pessoas que conheço e tem outros que não conheço. Ele deu a palavra dele para melhorar o país e Deus o ajudará a governar. Como cristãos, temos que orar para Deus dar sabedoria para ele comandar nosso país”, finaliza Ismael.

Esperançoso, mas com cautela, está o corretor de imóveis Roger Sanches. O corretor diz que acredita que o trabalho desenvolvido pelo futuro ministro da economia, Paulo Guedes, vai ajudar no desenvolvimento econômico do país ‘eliminando os elefantes brancos’ das estatais, por exemplo. “Vejo com bons olhos e com esperança de um bom governo por parte de Jair Bolsonaro. Formou uma equipe econômica liderada por Paulo Guedes, este que possui um nome de credibilidade e técnicas arrojadas de economia liberal. O que vai facilitar a criação de mais empregos com a vinda de novas empresas, eliminar “elefantes rosas” estatais que só geram gastos e despesas aos cofres públicos e principalmente desburocratizando e facilitando ao empresário a criação de sua empresa, gerando assim ainda mais novos empregos”, opina o corretor.

Roger considera que o governo possa não ser perfeito, mas que trará ao brasileiro mais orgulho de seu país, a esperança de uma mudança no mercado e deixa um recado ao novo presidente. “Não acho que será um governo perfeito em tudo, mas torço para que, ao menos, tire o país dessa estagnação e decadência política e moral. Nosso mercado precisa voltar a se aquecer e o brasileiro precisa recuperar a autoestima e o orgulho de ser brasileiro, algo que foi usurpado de nós por governos antecessores. Vamos torcer e ao mesmo tempo cobrar. Sem ‘clubismos’, deixando ideologias contrárias de lado. Agora são os interesses do Brasil acima de tudo. Boa sorte Jair Bolsonaro!”, finaliza o corretor de imóveis.

O sociólogo Fernando Bovo diz que o governo de Jair Bolsonaro será um governo ‘aventureiro’ que se pautará nas constantes reclamações das atitudes tomadas pelos governantes anteriores. E que o romance entre os seus eleitores e o novo presidente logo terá fim. “Creio que teremos um governo extremamente aventureiro, baseado na mais pueril caça às bruxas, como o próprio filho do presidente eleito disse que o Brasil não será mais Socialista. O amadorismo da sua equipe ministerial, se lamentando à todo momento da herança do governo anterior, se revelará nos primeiros meses de seu próprio governo. Pois, o discurso crítico ao governo antecessor (o anti-petismo) que motivou a campanha, só serviu para ganhar a eleição. Isso agora, lamentavelmente para eles, não será o suficiente para sustentar um governo por muito tempo. O povo perceberá isso, incluindo seus fiéis eleitores, tão logo o governo começar”, diz o sociólogo.


Fernando opina que o governo tem seu principal viés, de combate a corrupção, já derrubado por conta das acusações que pairam contra ministros de Jair Bolsonaro. “Questões como 9 dos 22 ministros terem processos correndo na justiça, seu futuro ministro do Meio Ambiente responder por crimes ambientais, o seu chefe da Casa Civil ter confessado a prática de Caixa 2, mesmo a campanha ter se apresentado como alternativa ao combate à corrupção”, argumenta o sociólogo.

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