18/01/2019

Cosmopolenses dão dicas de economia na compra do material escolar

Impostos cobrados na caneta é quase metade do preço total do produto

Henrique Oliveira

Além do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o início do ano também reserva outros impostos para o consumidor. Um deles é o presente no material escolar. As taxas embutidas nesses produtos são inúmeros, e dependendo do item o imposto pode representar de 15% à 50% do valor do produto, segundo a Associação Comercial de São Paulo. O maior imposto sobre um produto é o acrescido na caneta esferográfica: 49,95% do valor da caneta é somente de impostos.

O lápis também tem uma carga de impostos muito grande: mais de 39%. Para não ter surpresas desagradáveis na compra do material escolar, algumas dicas de economia foram dadas por comerciantes de Cosmópolis.

O vendedor Paulo Roberto de Oliveira Pereira diz que opta por marcas menos famosas. Porém, sempre busca os melhores preços e descontos no pagamento à vista. “Sempre procuro os melhores preços, mas nunca deixo de lado a qualidade do produto. Eu sempre verifico os valores, vou de loja em loja ver as melhores opções e os descontos quando é pagamento à vista”, argumenta Pereira.

O morador é pai de dois filhos em idade escolar e afirma que deve gastar em torno de R$ 200 em material escolar. Segundo ele, o mês de janeiro é uma época difícil para as finanças de casa. “O mês de janeiro é muito complicado. Tem muitas contas para pagar. É IPVA, água luz material escolar dos filhos, o gás que aumentou e o salário não aumenta muito. Tinha que ser compatível adequando ao salário hoje em dia”, finaliza.

Proprietário de uma papelaria na Avenida da Saudade, Paulo Roberto Armelin, dá dicas sobre a economia na compra do material escolar. Para ele, é necessário que se faça economia. Contudo, a escolha por produtos de melhor qualidade é indispensável.

“É importante que os pais se atentem a fazer a comparação dos produtos de loja em loja, mas o produto da mesma marca e qualidade. Comparar uma borracha de primeira linha, um lápis de cor da mesma marca… Se ele conseguir comprar de uma promoção, do mesmo produto, ele poderá economizar”, admoesta Armelin.

Mas, o comerciante diz que às vezes não se economiza comprando produtos de preços bem baixos, pois a qualidade do produto pode influenciar na vida do estudante. “No caso dos cadernos, a cor da linha (pautados) modifica o preço, a gramatura do papel também. Às vezes, o papel é bem fino, principalmente as crianças, no primeiro, segundo e terceiras séries, eles erram muito, aí usam a borracha e a folha do caderno rasga e,às vezes, marca a folha de baixo. E no caso dos cadernos brochuras estão mal colados, chegam no meio do ano e as folhas começam a cair do caderno. Entendo que o pai, às vezes, somente tem condições de comprar aquele tipo de caderno, mas temos que entender que às vezes isso não gera economia”, pontua.

Outra dica dadas pelo comerciante é a respeito das pesquisar. Ele aconselha que se pesquise antes de sair às compras. Sites de vendas podem dar um panorama dos valores praticados pelas papelarias e preços de um mesmo produto são diferentes de uma loja para outra.

Assim, verifique quais itens já tem em casa. Materiais mais duráveis, como lápis, canetas, réguas e mochilas podem ser passados de um ano ao outro pelo aluno. Outra indicação é comprar por atacado. Quem tem mais de um filho em idade escolar pode economizar comprando nesses locais. Lojas especializadas vendem com descontos que poderão valer a pena.

Pagamento à vista podem trazer benefícios. Muitos estabelecimentos costumam dar vantagens à quem paga no dinheiro ou no cartão de débito. Mas atenção: materiais de limpeza e de escritório são proibidos de estarem presentes em listas de materiais escolares. Fique atento!

Trocar com colegas livros de outros anos é também uma boa opção de economizar. Muitas vezes você consegue trocar livros didáticos com alunos que já passaram pela série.

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