27/12/2018

Cetesb realiza testes em lagoa de Cosmópolis após denúncia de contaminação

Moradores relatam que peixes aparecem mortos constantemente; Órgão fiscalizador disse que a água está em seus níveis considerados normais

Henrique Oliveira

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) esteve na tarde desta quarta-feira (26) na Lagoa da Vila Cosmo após denúncias de possível contaminação da água com esgoto doméstico.

O órgão fiscalizador ambiental esteve presente e seus técnicos andaram pelas margens para identificar possíveis peixes mortos. Segundo um dos técnicos, nenhum peixe morto foi encontrado no local. Após a vistoria visual das margens da lagoa, os agentes coletaram uma quantidade da água e realizou uma análise para verificar a quantidade de oxigênio e do ‘PH’ (sigla de Potencial Hidrogeniônico) da água. Segundo os técnicos, tanto a quantidade de oxigênio e o PH estavam dentro das especificações técnicas do órgão. O PH mede o quão a água está ácida ou alcalina.

O empresário Thiago Ferreira Durães Filho é morador da Rua Monte Castelo, nas imediações da lagoa. Segundo ele, constantemente as águas da lagoa exalam um odor aparentando ser de esgoto. Por morar muito próximo às águas, ele diz que sente o odor e tem vergonha de levar visitas ou realizar festas em sua casa, por conta do mau cheiro.

Outro morador da região, Gilmar Peternella, afirma que também há descartes de animais mortos em uma mata próxima a lagoa. Que por muitas vezes retirou restos mortais de animais. O ambientalista e presidente da Organização Cidadãos Transformadores, Márcio Roberto dos Santos, disse que o descarte de esgoto na lagoa se inicia em uma mata próxima a Avenida da Saudade.

De acordo com o ambientalista, neste local está a nascente chamada de São Bento, que dá origem a Micro Bacia de Acumulação do Córrego do Barreiro Amarelo, que é represado na Vila Cosmo. Para ele, o esgoto começa a ser lançado neste trecho e as águas chegam até a lagoa da Vila Cosmo atravessando o Parque Ester pelo córrego.

O Portal Cosmopolense entrou em contato com a Prefeitura de Cosmópolis, que declarou que não há emissão de esgoto doméstico em neste córrego. A Prefeitura nega que haja contaminação da água e que todo o esgoto de Cosmópolis é dispensado em um emissário. Questionada pela reportagem se há uma inspeção para aferir a qualidade da água, a Prefeitura disse que isso não é necessário já que não há mais captação de água no local.
As margens da lagoa existia uma Estação de Tratamento de Água que foi desativada.

“Como foi desativada a ETA II (Estação de Tratamento de Água), localizada na lagoa em questão, não há necessidade de inspeção. Se houver algum tipo de denúncia, o DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Cosmópolis juntamente com a CETESB vão até o local para monitorar. Na tarde de quarta-feira (26) a CETESB foi chamada no local, monitorou o manancial e certificou que não haveria nenhum parâmetro fora dos padrões”, declara a Prefeitura.

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