Cachoeiras do Saltinho: Ponto de história e pesca de Cosmópolis

Da redação

Cosmópolis se desenvolveu proporcionalmente ao crescimento da cultura canavieira em seu território. Até os dias de hoje, a agricultura é uma das principais atividades econômicas de nossa cidade e a Usina Açucareira Ester é a principal empresa do ramo.

Quando a família Nogueira comprou a fazenda Funil, que deu origem a Cosmópolis, os trabalhadores rurais da Usina Ester residiam em casas construídas no interior das fazendas da usina. Essas casas receberam o nome de “colônias”.

Todos os membros da família residente das colônias trabalhavam e,em troca, o chefe da família recebia uma renumeração e a permissão para plantar alimentos e criar pequenos animais para sobreviver.

A partir dos anos 60, muitas dessas famílias passaram a residir na cidade, em lotes vendidos pela própria Usina Ester e esses moradores foram substituídos por trabalhadores assalariados (muitos eram antigos residentes), contratados no período da safra.

Entre os anos 70 e 80, o perfil dos trabalhadores contratados para as safras se altera e o plantio e a colheita passam a ser operados por trabalhadores migrantes ao invés dos trabalhadores locais.

Com o avanço das grandes propriedades e a consequente diminuição dos espaços para pequenas produções, os camponeses foram expropriados e expulsos do local.

Uma das colônias mais conhecidas é a do Saltinho. O nome provém da Cachoeira do Saltinho, local de grande beleza, percurso do Rio Pirapitingui. O lugar era utilizado pelos colonos para lavar roupas, pescar e também como lazer.

O Saltinho, há muito tempo, foi ponto de apoio de viajantes, tropeiros, bandeirantes, mercadores e até ponto de parada predileto do Barão e da Baronesa Geraldo de Rezende, enquanto viajavam entre as fazendas da família, na região de Limeira, Piracicaba e Santa Genebra (Campinas).

Nos dias de hoje, a bela cachoeira do Saltinho é visitada por banhistas e por quem gosta de pescar.

Texto: Letícia Frungillo
Imagens: Silvio Alves

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