01/04/2022

Brasil vira exemplo ecológico na colheita de cana

Países como EUA ainda continuam queimando plantações; prática é proibida no Estado de São Paulo

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar. Na safra 2020/21 foi responsável pela produção de 654,5 milhões de toneladas do produto, que foram destinados à produção de 41,2 milhões de toneladas de açúcar e 29,7 bilhões de litros de etanol.

Além de ser o maior, o Brasil ainda tem outro título: exemplo quando o assunto é sustentabilidade. Isso porque a prática das queimadas deixou de ser comum há anos. No passado, era costumeira a prática das queimas durante o processo de colheita – o que gerava aquelas indesejáveis fuligens, causando transtornos em relação ao meio ambiente e à saúde da população, além de aumentar o consumo de água na limpeza dos espaços.

Em 2002, autoridades políticas do Estado de São Paulo aprovaram uma lei determinando a eliminação gradativa das queimas de pré-colheita. A partir daí, produtores investiram em maquinários que passaram a permitir a colheita sem a necessidade das queimadas. Isso colocou o Brasil à frente de muitas outras nações desenvolvidas.

Países como os Estados Unidos ainda mantêm a prática das queimas. A Flórida é a maior produtora de cana-de-açúcar dos EUA e continua queimando suas plantações durante as colheitas. O processo tem atingido diretamente comunidades de Belle Glade, no sul do estado, onde se concentram os maiores campos de plantios. Periodicamente, os moradores têm suas casas invadidas por cinzas e fuligem, além da poluição atmosférica causada pelo grande volume de fumaça. Mas, no Brasil, essa realidade tem sido diferente.

O Grupo Bom Retiro, localizado na Região Metropolitana de Campinas (SP), é um exemplo claro de sustentabilidade nas plantações de cana. O grupo investe em maquinários que possibilitam a colheita sem a utilização do fogo. “Trabalhamos de forma sustentável, sem a utilização das queimas. A agricultura no Brasil vem se reinventando e progredindo. Analiso hoje as queimadas como um retrocesso, uma maneira ultrapassada de se colher a cana”, afirma o empresário do Bom Retiro, Silvio Sarpa.

Hoje, praticamente todas as queimadas que ocorrem no Brasil são criminosas, ocasionadas por pessoas sem consciência ou de maneira intencional para prejudicar o meio ambiente e a agricultura de forma em geral.

Silvio Sarpa, grupo Bom Retiro é exemplo


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