21/06/2019

Associação cosmopolense cria projeto de lei popular para diminuir salário de vereadores

Segundo a associação, se o projeto for aprovado, a cidade economizará mais R$4 milhões por mandato

Da redação

A Associação de Empreendedores Sociais cosmopolense criou um Projeto de Lei de Iniciativa Popular “Câmara mais barata de Cosmópolis”, que dispõe a redução dos salários dos vereadores e dos assessores legislativos do município. Segundo a associação, se o projeto for aprovado, a cidade economizará mais R$4 milhões por mandato. Dinheiro público, que assim como defendem, poderá ser investido em outras necessidades do município.

Para tanto, a associação convida a população a assinar o documento, onde é necessária a colaboração de pelo menos 5% do eleitorado, ou seja, 1.500 pessoas. Uma vez que o total de assinaturas seja atingido, o documento será encaminhado à Câmara Municipal de Cosmópolis a fim de dar prosseguimento ao processo legislativo. Neste sábado (22), o Projeto de Lei estará disponível na sede situada entre as ruas Dr. Campo Sales e João Aranha, das 8h às 14h.

Para o presidente da associação Gadiel Silva, a iniciativa é vista como uma forma de representatividade do Poder Legislativo para com a população. “O nosso projeto não quer diminuir o salário do vereador para R$1.500. A nossa proposta é adaptar o salário do vereador à renda per capta do município. A questão é representatividade. Se são representantes do povo, porque não receber o mesmo que o povo? E se ganhar a mesma coisa que o povo dentro da renda per capita e entender isso, vai aumentar a renda nos próximos mandatos e aumenta o salário dele, desde que não exceda os 6% que tem ser gastos com a câmara, mas isso tem que vir de encontro ao trabalho que ele exercer”, explica.

O vereador Humberto Hiroshi (PT), em um vídeo que circula pelas redes sociais, se diz favorável ao projeto. “Esse tema, ao meu ver, é um anseio da sociedade (…) o salários dos vereadores, na minha opinião, é muito alto. Está certo que o cargo que nós ocupamos hoje é um cargo de muita responsabilidade, porque você tem nas suas costas o peso de todo o andamento de uma cidade. Mas, para ser bem franco, essa consciência só alguns tem”, argumenta.

“A maioria dos nossos trabalhos visam respeitar o dinheiro público. Agora como que eu posso respeitar o dinheiro público se meu salário é ‘sete mil e pouco’? Eu acho que quem quer trabalhar pela cidade, é digno que ele receba algo por isso, mas é um cargo eletivo e um salário de R$2.500 é um salário ótimo. Vai se candidatar quem quer, e se você acha que o salário não dá para você trabalhar representando uma cidade, então não se candidata. Se esse projeto for aprovado tem que ser para todos, para prefeitos e vices, inclusive secretários”, acrescenta.

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